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sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

Gravidez - Se eu soubesse o que sei hoje

Como em tudo na vida, por muito que nos informemos, cometemos sempre alguns erros, compramos coisas desnecessárias e tomamos decisões precipitadas.



Agora, depois da gravidez, muito google, 9 meses de gravidez, aulas de preparação e muitas amigas grávidas e mães à minha volta, acho que começo a ter condições para começar uma lista de inutilidades de grávida.

1. Comprem a cinta pré-parto.
Não comprei porque nunca precisei, muitas amigas disseram que não usaram e agora, a um mês do parto, experimentei e digo-vos... vi a luz!! Parece que me tiraram 5 quilos de cima. Já não vou comprar, mas se houver próxima gravidez, é certinho!!

2. Não comprem muitos discos de amamentação.
Parecem úteis, mas não são assim tanto. Não deixam o mamilo respirar, às vezes colam ao mamilo ( AAAHHH muito medo!!) e são desaconselhados pelo pessoal de enfermagem. Só servem para usar quando vamos à rua e nesse caso, mais vale usar dos laváveis (à venda em imensos sítios), que até vocês ou alguém pode fazer por meia dúzia de tostões. Comprem sim as conchas protectoras. Deixam o peito arejado e sem estar em contacto directo com nada. Não são muito práticas porque são volumosas, mas sempre é melhor. Melhor que tudo isto ainda é andar com as maminhas ao ar e apanhar um nadinha de Sol.

3. Não comprem carradas de biberons e chuchas e respectiva parafernália
Antes da criança nascer não sabem se vão precisar. O bebé deve beber leite materno até aos 6 meses. Há bebés que não se adaptam a certos biberons, outros fazem cólicas. Esperem, informem-se com enfermeiras especializadas. Comprem uma chcucha e um biberon e depois logo êm se são os indicados ou não.

4. Comprem uma lata de leite adaptado de emergência
Ou peçam amostras. Nunca se sabe quando um mamilo infecta, ou a mãe não está disponível (pelo motivo que seja, até pode ficar presa no transito, ter de ir ao hospital...), o bebé chora desalmadamente e não sabemos porquê, não interessa. Assisti a muitos casos em que alguém teve de ir a correr comprar leite à farmácia e evitam-se muitos minutos de choro incontrolável se já la estivesse em casa.

5. Grupos de vendas em segunda mão no facebook
MILAGROSOS. Gastar rios de dinheiro em roupa ou gadgets para usar 2 ou 3 meses acabou. Tenho comprado roupas lindas, boas e como novas em grupos desses, e tenho vendido também. O que vendo dá para as compras e aqui tenho poupado imenso dinheiro e visitas ao shopping (que eu odeio).

6. NÃO FAÇAM STOCKS!!!!´
De nada. É a maior alarvidade que eu já vi. Para quê comprar 18 pacotes de toalhitas e ter 29 embalagens de fraldas??? Roupa para o próximo inverno? Não vai haver guerra de bebés, nem está previsto uma erupção vulcânica que nos faça ter que viver 15 anos num bunker. E se a criança fizer alergia? Se crescer rápido e deixar de usar esse tamanho? E se virem algo que gostam mais? Não sejam acumuladores, deixem a criança vir, experimentem e logo comprem o necessário.

7. Livros sobre como ser boa Mãe
Eu também comprei, também me ofereceram. ahahahah... esqueçam lá isso. Gastem o dinheiro em chocolates. Acham que vão ter tempo para ler? Cromos. Claro que não. Se tiverem, também não vão pegar nos livros, vão só querer vegetar e desligar o cerebro. O google responde a tudo. Don't worry.

Não me lembro de mais nada, mas já agora... aproveito para informar que, 10 meses depois continuo lerda e burra, esqueço-me de tudo. Preparem-se, a cabeça de grávida mantém-se. Habituem-se a ela e comprem uma agenda. Ou três.

3 comentários:

  1. Olá!
    Relativamente à cinta não concordo, pode até ser prejudicial, se for mantida uma boa postura os músculos abdominais tratam do assunto sem cinta nenhuma.
    Os discos de amamentação são uma das melhores invenções de sempre, da primeira vez amamentei 18 meses e usei discos durante 18 meses, desta gravidez comprei conchas mas ao fim de 3 meses já estão arrumadas a um canto. É preciso é comprar bons discos (que não são necessariamente os mais caros).
    Leite adaptado nunca precisei, a verdade é que tirando o desaparecimento da mãe, não vejo razão para dar LA. Nas mastites e afins faz parte do tratamento continuar a amamentar. A maioria dos medicamentos que a mãe toma são compatíveis com amamentação. Quando saio de casa sem o bebé por períodos prolongados deixo leite que tirei com a bomba.
    Quanto aos stocks concordo, tenho toalhitas para dar e vender até ao fim dos tempos. Mas fraldas nunca me arrependi de ter aproveitado as promoções, é preciso é planear bem.

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  2. Olá, gostei muito das tuas dicas e vou segui las pois estou gravida e ando a recolher infos acerca disso tudo!! beijinhos

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  3. :)
    que bom!! adoro saber que me lêem.

    Joanita, a minha historia com o leite adaptado (ouvi outras, mas a cabeça de grávida não me deixa recordar os pormenores) foi uma madrugada em que estava sozinha com a Cat, com dores horríveis por causa de uma fissura anal que me ficou de presente do parto. Não me conseguia sentar, estar de pé, deitar, foi horrível, al pensar conseguia. Para ajudar, tive uma segunda subida de leite e não sabia o que se estava a passar, quando pus a Cat a mamar deu-me uma dor tão forte que gritei. Ela chorava imenso e eu estava super aflita porque me doia tudo, não percebia o que estava a acontecer. Aquela latinha de LA deu-me a hipotese de lhe dar o leitinho, saciar-lhe a fome e ter tempo para agir e tratar de mim enquanto ela dormia.
    Não estava com estabilidade fisica ou mental para aumentar o meu sofrimento mesmo que por minutos. Assim ela dormiu e eu fui para o banho massajar as maminhas e tirar leite devagarinho, com tempo para poder suportar a dor ao meu ritmo.
    Sou totalmente a favor da amamentação, mas há alturas em que o LA nos safa de situações complicadas que não são o desaparecimento da mãe.
    Por mim, prefiro ser prática e estar precavida do que lidar com as consequencias do fundamentalismo da amamentação (não te estou a chamar fundamentalista, lol, falo no geral).

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