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sábado, 26 de janeiro de 2013

O parto natural/humanizado na visão de Michel Odent

 “Se no século 20 redescobrimos as necessidades básicas dos bebés, porque não podemos redescobrir as necessidades básicas da mulher em trabalho de parto no século 21?”


Como já disse várias vezes em vários assuntos, não só aqui mas em toda a minha vida, qualquer escolha tem que ser baseada em informação. Informação clara e abundante, que até pode ser díspar e confundir-nos. 
Gostava de ter um parto o mais natural possível, gostava de poder prescindir de analgesias e fármacos, mas não pus de lado qualquer hipótese. Aliás, nas primeiras conversas sobre o assunto com outras grávidas eu era defensora acérrima da epidural! Drogas, dêem-me!! Não vou sofrer quando posso evita-lo, claramente!!! Mas não, entretanto, uma Mãe de um grupinho de grávidas de que faço parte alertou-me e aguçou-me a curiosidade e fui ler sobre o assunto. Entretanto, nas aulas de pré-parto falou-se também nas diferenças de partos com cesariana, com e sem epidural e quais as consequências de cada um desses processos.
Eu não conhecia nada sobre o corpo humano e o que ele faz durante um parto. É fascinante, o seu trabalho. Nada é descurado e tudo é interligado. E ao perceber isso senti uma confiança extrema no meu corpo e na minha habilidade de ser Mãe e parir uma criança e então percebi que, se tudo correr normalmente e não houver surpresas no quadro clínico, poderei dar-me ao luxo de ter um parto natural em que eu e a minha filha seremos as principais líderes dos trabalhos.
Pessoalmente, não sou a favor de um parto em casa, acho muito arriscado, porque, mesmo quando tudo corre bem, as coisas podem mudar a qualquer momento, mas os hospitais também podem e devem tornar o acto de parir uma coisa aconchegante, domiciliária e com o mínimo de intervenção médica possível. A Mãe é capaz, mas eu por exemplo, sentirme-ei muito mais segura sabendo que estou no sítio indicado para me ajudarem caso seja necessário.
Essa não-intervenção demanda uma postura de humildade dos profissionais que assistem ao parto (e também da Mãe, porque é importantesabermos por-nos nas mãos dos profissionais assim que seja necessário), cientes que são de que ali existe uma ordem natural em expressão. Por outro lado, requer desses mesmos profissionais a necessária preparação e qualificação técnicas, para avaliar com precisão o momento em que se deve intervir, na medida necessária e suficiente, e com os meios adequados.

Um dos nomes de me falaram foi o deste médico, Michel Odent, um obstetra e autor francês.
Deixo-vos alguns links sobre este assunto que me pareceram úteis.





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