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quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

DIY: Tutorial para bolsinha / clutch

Adoro este formato de bolsinhas!
Sabiam que as podemos fazer? Tenho andado super interessada em costura e encontro cada vez mais tutoriais e moldes para podermos fazer nós as nossas peças! 

Tecido:
Basta meio metro no total. Ou alguns retalhos, se quiserem fazer com tecidos diferentes.
Tecidos pesados resultam melhor, caso contrário devem utilizar entretela para encorpar o tecido.

Material:
Material de costura
Corrente para a alça ou podem usar o tecido também
2 Argolas em "D" ou fivelas, para prender a corrente à mala
1 fecho (mola, iman, colchete)
Fita de viés
Ferro de engomar

Podem imprimir o molde aqui em formato "letter" ou A4, está num bom tamanho.

Cortar as peças da seguinte forma:


A: 1 front yoke = Peça que vai levar o fecho
B: 2 front flap= Peças para a pala da frente
C: 3 bag body = Corpo da mala
D: 1 body front = Parte da frente, onde vai assentar a peça que leva o fecho

Sigam os passos no link do Artigo original e boas costuras!!


quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Reciclar Frascos

Quantos frascos deitam fora por mês??


Quantas vezes faz falta um recipiente para por qualquer coisa? Para guardar o arroz, o sal, por os medicamentos do dia-a-dia, para por as cápsulas do café, ou o café, as sobras, etc. Podem ser transformados em porta-velas, ou vasinhos... 
Podemos usar diferentes técnicas: forrar com tecido, pintar, découpage, é só experimentar!
Ficam aqui algumas ideias.


terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Como ajudar o bebé a dar a volta

Muitas vezes chegamos perto do final da gravidez e o bebé ainda está sentado.
Há sempre tempo para ele dar a volta, muitos bebés viram pouquíssimo tempo antes do parto, mas há truques que o podem ajudar.

Neste link da Pais e Filhos respondem a uma série de questões sobre o assunto.


Vamos aos truques:

Andar regularmente, assumir posições verticais e inclinada para a frente são atitudes favoráveis a uma rotação espontânea.
Ajoelhada no chão, de gatas e apoiada nos antebraços ou nos ombros são posições que dão espaço ao bebé para dar a volta. Pode ficar assim 15 minutos por dia.

Exemplos:



Evite sentar-se de pernas cruzadas. 

Para queem consegue, a visualização é outra técnica usada nestas situações. Se está habituada a fazer relaxamento, procure fazê-lo imaginando o bebé virado de cabeça para baixo.
Diz-se também que, conversando com bebé e pedindo para ele se virar também funciona. Bem... não custa tentar...

Diz-se também que, se pusermos música ou apontarmos uma luz para o baixo ventre, que a curiosidade do bebé tenta-o a voltar-se na sua direcção.

Claro que antes de fazer o que quer que seja deve-se falar primeiro com o médico. Não se deve tentar estas manobras se:
- a placenta estiver localizada na parte inferior do útero (placenta prévia)
- já rebentaram as águas
- a frequência cardíaca do bebé mostrar que pode estar em sofrimento
- tiver tido hemorragias nos últimos sete dias
- tiver alguma anomalia uterina
- estiver grávida de gémeos
- já fez uma cesariana no passado

Uma dúvida que me fica e que não consegui esclarecer com o tio google é se um bebé que encaixa na posição pélvica (de rabo) ainda consegue dar a volta. Se houver por aí alguma mamã que saiba, por favor, partilhe connosco.

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

DIY - Candeeiro de crochet



Quantas vezes vemos gavetas cheias de naperons na casas dos pais e avós?
Ainda pode haver utilização para eles!
Que tal uns candeeiros ou porta velas?

Sigam o tutorial aqui e atenção, se optarem por velas, o melhor é colocar a vela dentro de uma jarrinha da mesma altura da peça de crochet, para evitar sobreaquecimento na parte superior. Cuidado com o fogo, ok?? 

domingo, 27 de janeiro de 2013

DIY - Pulseiras de pérolas com lacinhos

"Muita" giras, super fáceis de fazer e, por exemplo, excelentes lembranças para oferecer em despedidas de solteira, casamentos ou chás de bebé!
Ou porque não, uma actividade para fazer com a princesa lá de casa?

Podem ver aqui como se fazem!


The cutest things: o mobil dos balões

Tão sonhador, não é?
Vi aqui.
Bom domingo! :D



sábado, 26 de janeiro de 2013

Inspiração: Uma sala de jantar colorida

O avô da ervilha está on fire!! Já andamos a tratar da sala de jantar!
Ele está a acabar de reciclar um louceiro do género deste aqui da primeira foto (foi uma pena, mas não tirámos fotos antes de comecarmos a tratar dele) que vai ficar branquinho.

Há uns meses comprámos uma mesa e 6 cadeiras antigas todas diferentes à Objectos e agora vamos pintar a mesa de branco e as cadeiras às cores, segundo a inspiração destas fotos abaixo.




Pintamos as paredes de um amarelo claro, ou de turquesa, ou salmão ou verde água, muito clarinho, quase brancoe  colocamos um destes tapetes do IKEA, que eu adoro!!!


E quanto ao candeeiro, ainda estou indecisa. A primeira ideia que tive foi um (ou 2) lustre preto, mas já vi outras opções giras, até com gambiarras. 

 



Depois, cortinas... logo se vê, depois do ambiente composto. ;)








A epidural no trabalho de parto vs as hormonas naturais

Nos últimos cinco a dez anos, as epidurais têm sido desenvolvidas com mais baixas concentrações de medicamentos anestésicos locais, e com combinações de anestésicos locais e opiáceos analgésicos (drogas semelhantes à morfina e à meperidina) para reduzir o bloqueio motor. Produzem assim a chamada walking epidural. A analgesia raquidiana tem sido também cada vez mais usada no trabalho de parto para reduzir o bloqueio motor. Esta implica a injecção de medicamentos directamente no espaço raquidiano, atravessando as membranas, e produz apenas uma analgesia de curto prazo. Para prolongar o efeito de alívio da dor no trabalho de parto, as epidurais estão agora a ser co-administradas com a analgesia raquidiana, como uma epidural raquidiana combinada (ERC).
Dentro do que está disponível, as analgesias epidurais e raquidianas oferecem às mulheres em trabalho de parto a forma mais eficaz de alívio da dor, e as mulheres que usaram estes analgésicos classificam a sua satisfação em relação ao alívio da dor como muito boa. Seja como for, a satisfação em relação ao alívio da dor não tem paralelo absoluto com a satisfação face ao nascimento, e as epidurais estão associadas a falhas importantes no processo do nascimento. Estas falhas podem interferir com o prazer fundamental e satisfação da mulher face à sua experiência de parto, e podem ainda comprometer a segurança do nascimento tanto para a mãe, como para o bebé.

As epidurais e as hormonas do trabalho de partoAs epidurais interferem de forma significativa com algumas das mais importantes hormonas do trabalho de parto e nascimento, o que pode explicar o seu efeito negativo nas diversas fases do trabalho de parto. Como refere a Organização Mundial de Saúde, “a analgesia epidural é um dos exemplos mais óbvios da medicalização do parto normal, transformando um acontecimento fisiológico num procedimento médico”

Por exemplo, a oxitocina, conhecida como a hormona do amor, é também uma substância uterotónica natural, que provoca contracções no útero da mulher em trabalho de parto. As epidurais provocam a descida da libertação de oxitocina por parte da mãe ou a paragem da sua normal subida durante o trabalho de parto. O efeito da analgesia raquidiana na libertação da oxitocina, durante o trabalho de parto, é ainda mais notório. As epidurais também apagam o pico de oxitocina materna que ocorre no momento do nascimento, o mais alto de toda a vida de uma mãe, e que desencadeia as poderosas contracções finais do trabalho de parto e ajuda a mãe e o bebé a apaixonarem-se à primeira vista. Outra importante hormona uterotónica, a prostaglandina F2 alfa, também diminui numa mulher que usa epidural.

A beta-endorfina é a hormona do stress que aumenta no trabalho de parto normal para ajudar a parturiente a ultrapassar a dor. A beta-endorfina está também associada ao estado de consciência alterado que é normal no trabalho de parto. Passar-se “para outro planeta”, como algumas descrevem, ajuda a futura mãe a actuar instintivamente em função do seu corpo e do seu bebé, usando, com frequência, movimentos e sons. As epidurais reduzem a libertação de beta-endorfina por parte da mulher em trabalho de parto. Provavelmente, o uso generalizado de epidurais reflecte a nossa dificuldade em apoiar as mulheres neste estado alterado, e a nossa preferência cultural por parturientes caladas e submissas.

A adrenalina e a noradrenalina (epinefrina e norepinefrina, conjuntamente conhecidas como catecolaminas, ou CAs) são também libertadas em condições de stress, e os seus níveis aumentam naturalmente no decurso de um trabalho de parto não medicalizado. No final de um trabalho de parto tranquilo, uma onda natural destas hormonas dá à mãe a energia para empurrar cá para fora o seu bebé e deixa-a num estado de excitação e alerta máximo no primeiro encontro com o seu bebé. Esta onda é conhecida como o reflexo da expulsão fetal.

No entanto, níveis muito elevados de CA inibem o trabalho de parto, o que pode acontecer quando a parturiente sente fome, frio, medo ou insegurança. Esta resposta faz sentido em termos evolutivos: Se a mãe pressente perigo, as suas hormonas vão atrasar ou parar o trabalho de parto, dando-lhe tempo para fugir em busca de um lugar mais seguro para parir.

As epidurais reduzem a libertação de CAs na mulher em trabalho de parto, o que pode ser útil, se elevados níveis destas hormonas estiverem a inibir o trabalho de parto. Contudo, uma redução da onda final de CA, num parto sob o efeito da epidural, poderá contribuir para a dificuldade que as mulheres podem experimentar para expulsarem os seus bebés, com o aumento do risco de um parto instrumentalizado (fórceps e ventosa) que está associado ao uso de uma epidural (ver abaixo).

Efeitos nas diversas fases do trabalho de parto

As epidurais atrasam o trabalho de parto, provavelmente pelos efeitos secundários sobre a libertação de oxitocina, embora também haja evidências de pesquisas em animais, segundo as quais os anestésicos locais usados nas epidurais podem inibir as contracções, ao afectarem directamente o músculo uterino. Em média, a primeira fase do trabalho de parto prolonga-se por mais 26 minutos nas mulheres que usam epidural; e a segunda fase, período expulsivo, é 15 minutos mais prolongada. A quebra no pico final de oxitocina contribui também provavelmente para o risco dobrado de um parto instrumentalizado, por fórceps ou ventosa, para as mulheres que usam epidural, ainda que outros mecanismos o possam também justificar.

Por exemplo, na mulher em trabalho de parto, uma epidural também entorpece os músculos do soalho pélvico, que são importantes para guiar a cabeça do bebé para uma boa posição de nascimento. Com uma epidural em acção, é quatro vezes mais provável que o bebé se apresente persistentemente posterior (POP*, ou de face para cima) nas fases finais do trabalho de parto (13 por cento comparando com 3 por cento em mulheres sem epidural, de acordo com um estudo). A posição POP diminui a probabilidade de um parto vaginal espontâneo (PVE). Num estudo, só 26 por cento de mães pela primeira vez (e 57 por cento das mães com várias experiências de parto) passaram pela experiência de um PVE, tendo bebés POP. As restantes mães tiveram um parto instrumentalizado (fórceps ou ventosa) ou uma cesariana.

Os anestesistas contavam que as epidurais de baixa dosagem ou as ERC pudessem reduzir as probabilidades de um parto instrumentalizado, mas as melhorias parecem modestas. Num estudo, the Comparative Obstetric Mobile Epidural Trial (COMET), 37 por cento das mulheres com uma epidural convencional passaram por partos instrumentalizados, comparativamente com 29 por cento das mulheres sujeitas a uma ERC.

Para o bebé, um parto instrumentalizado pode aumentar os riscos de curto prazo de contusões, ferimentos faciais, deslocamento dos ossos cranianos, e cefaloematoma (coágulo de sangue sob o couro cabeludo). O risco de hemorragia intracraniana (sangramento dentro do crânio) aparece aumentado num estudo para mais do quádruplo em bebés nascidos por meio de fórceps, por comparação com os de nascimento espontâneo, embora dois estudos tivessem mostrado não haver diferenças de desenvolvimento detectáveis nos bebés nascidos com fórceps, aos cinco anos de idade. Outro estudo mostrou que, quando as mulheres com uma epidural têm um parto com fórceps, a força exercida pelo médico para fazer nascer o bebé é quase duas vezes superior à força usada quando uma epidural não está em actuação.

As epidurais fazem aumentar ainda a necessidade de pitocina** para acelerar o trabalho de parto, provavelmente devido ao efeito adverso sobre a libertação de oxitocina natural, na parturiente. As mulheres em trabalho de parto sob o efeito de uma epidural têm quase três vezes mais probabilidades de serem sujeitas à administração de pitocina. A combinação de epidurais e pitocina - podendo cada uma delas causar alterações no ritmo cardíaco fetal (RCF) reveladoras de sofrimento fetal – aumenta de forma notória o risco de parto operativo (parto por fórceps, ventosa ou cesariana). Num levantamento australiano, cerca de metade das mães de primeira vez às quais foi ministrada uma epidural e pitocina ao mesmo tempo tiveram um parto operativo.

O impacto das epidurais no risco de cesariana é controverso. Diversas publicações recentes sugerem não haver um aumento de risco associado e um aumento de 50 por cento. O risco é provavelmente mais significativo para o primeiro filho de mulheres que levam epidural.

Saliente-se que os estudos usados para chegar a estas conclusões correspondem quase todos a amostragens aleatórias controladas, nas quais as mulheres que concordam em participar são aleatoriamente submetidas a alívio da dor epidural ou não epidural. O alívio não epidural da dor envolve normalmente a administração de opiáceos como a meperidina (aka petidina). Muitos destes estudos falham por elevados índices de interferências: “mulheres que se submeteram a formas não epidurais de alívio da dor, mas que foram sujeitas recentemente a epidurais, e vice versa.” De referir ainda que não há verdadeiros grupos de controlo, “ isto é, mulheres que não se submetem a qualquer forma de alívio da dor”. Estes estudos não podem dizer-nos nada sobre o impacto das epidurais comparado com o parto sem medicamentos analgésicos.

* N.T.: Persistentemente occipital posterior
** N.T.: oxitocina sintética, ministrada com o objectivo de estimular contracções uterinas.


Técnicas da epidural e efeitos secundários

Os medicamentos usados nas epidurais são suficientemente fortes para entorpecer e, muitas vezes, paralisar a mãe da cintura para baixo, de forma que não surpreende que os mesmos possam acarretar efeitos secundários significativos quer para a mãe, quer para o bebé. Estes efeitos secundários vão desde mínimos até ao risco de vida, dependendo, em grande medida, do tipo de medicamentos usados.

Muitos dos efeitos secundários a seguir mencionados não são ultrapassados com epidurais de baixas dosagens ou walking epidurals, porque as mulheres submetidas a estas técnicas podem continuar a receber uma dose total substancial de anestésicos locais, em especial quando são usadas infusões contínuas e/ou doses medicamentosas a pedido da paciente (altas doses individuais). A adição de medicamentos opiáceos em epidurais ou EEC’s pode trazer riscos acrescidos para a mãe, como prurido (comichão) e depressão respiratória (ver abaixo).

Efeitos secundários na mãe

O efeito secundário mais comum das epidurais é uma quebra na tensão arterial. Este efeito é quase universal e é normalmente colmatado pela administração de fluidos IV antes de ser dada a epidural. Ainda assim, ocorrem episódios de uma significativa quebra de tensão arterial (hipotensão) em cerca de metade das mulheres em trabalho de parto sob o efeito de uma epidural, em especial nos minutos que se seguem à administração da dose medicamentosa. A hipotensão pode causar complicações que podem ir da sensação de desmaio até à paragem cardíaca e podem ainda afectar o fornecimento de sangue ao bebé (ver abaixo). A hipotensão pode ser tratada por meio da administração de mais fluidos IV e, se grave, com injecções de epinefrina (adrenalina).

Outro efeito secundário da epidural que é comum inclui a incapacidade de excretar a urina (necessitando algaliamento) em cerca de dois terços das mulheres; comichão na pele (prurido) em dois terços das mulheres com administração de medicamentos opiáceos por via epidural; calafrios em cerca de uma mulher em cada três; sedação em cerca de uma em cada cinco mulheres; e náuseas e vómitos numa mulher em cada vinte.

As epidurais podem ainda provocar uma subida da temperatura na mulher em trabalho de parto. Febre acima dos 38ºC em trabalho de parto é cinco vezes mais provável em mulheres submetidas a uma epidural; esta subida de temperatura é mais comum em mulheres que têm o seu primeiro bebé, e mais alta com epidurais mais prolongadas. Por exemplo, num estudo, 7 por cento das mães de primeira vez, com epidural durante o trabalho de parto,  estavam febris ao fim de seis horas, aumentando para 36 por cento ao fim de 18 horas. A febre materna pode ter um efeito significativo no bebé (ver abaixo).

Os medicamentos opiáceos, especialmente os administrados por via espinal, podem causar dificuldades respiratórias imprevistas na mãe, que podem manifestar-se horas depois do nascimento e podem chegar à paragem respiratória. Um autor comenta: “A depressão respiratória continua a ser uma das mais temíveis e imprevisíveis complicações dos opiáceos ministrados por via intratecal [espinal].”

Muitos estudos de observação constataram uma relação entre a epidural e a perda de sangue depois do nascimento (hemorragia pós-parto). Por exemplo, um estudo alargado no Reino Unido descobriu que as mulheres têm o dobro das probabilidades de sofrerem uma hemorragia pós-parto quando sujeitas a uma epidural durante o trabalho de parto. Esta estatística pode estar relacionada com o aumento de partos instrumentalizados e o trauma perineal (causando perda de sangue), ou pode reflectir algumas das disfunções hormonais atrás referidas.

Uma epidural proporciona um alívio inadequado da dor em 10 a 15 por cento das mulheres, e o catéter epidural precisa de ser reinserido em cerca de 5 por cento. Em cerca de 1 por cento das mulheres, a agulha da epidural perfura a dura (perfuração dural), o que causa normalmente uma forte dor de cabeça que pode prolongar-se por seis semanas, mas pode normalmente ser tratada por meio de uma injecção no espaço epidural.

Efeitos secundários mais graves são raros. Se os medicamentos da epidural forem inadvertidamente injectados na corrente sanguínea, os anestésicos locais podem causar efeitos tóxicos como um discurso desconexo, sonolência, e, em altas doses, convulsões. Este erro ocorre cerca de uma vez em 2,800 punções epidurais. Em todo o caso, reacções que impliquem risco de vida ocorrem numa mulher em 4,000. A morte associada a uma epidural obstétrica é muito rara, mas pode ser causada por paragem cárdio-respiratória, ou por um abcesso epidural que se venha a desenvolver dias ou semanas depois.

Complicações tardias incluem fraqueza e entorpecimento em 4 a 18 mulheres em 10,000. A maior parte destas complicações resolvem-se espontaneamente dentro de três meses. Problemas de longo prazo ou permanentes podem advir de danos num nervo durante a aplicação da epidural; de um abcesso ou hematoma (coágulo de sangue) que pode comprimir a espinal medula; ou de reacções tóxicas na cobertura da espinal medula, que podem conduzir à paraplegia.

Efeitos secundários no bebé

Alguns dos mais significativos e bem documentados efeitos secundários para o bebé por nascer (feto) e para o recém-nascido advêm dos efeitos sobre a mãe. Estes incluem, como mencionado acima, efeitos sobre a sua orquestração hormonal, tensão arterial, e regulação de temperatura. Para além do mais, os níveis de substâncias medicamentosas no feto e recém-nascido podem apresentar-se ainda mais elevados do que na mãe, o que pode causar efeitos tóxicos directos. Por exemplo, as epidurais podem causar alterações no ritmo cardíaco fetal (RCF) que indiciam défice no fornecimento de sangue e oxigénio ao feto. Habitualmente verifica-se este efeito logo a seguir à administração de uma epidural (normalmente ao longo dos primeiros 30 minutos), pode prolongar-se por 20 minutos, e ocorre especialmente logo após o uso de medicamentos opiáceos, ministrados por via epidural ou espinal. A maior parte destas alterações no RCF resolvem-se por si só, espontaneamente, com mudança de posição. Mais raramente, estas podem exigir medicação. Alterações mais graves, e o sofrimento fetal que estas possam reflectir, podem exigir uma cesariana de urgência.

Destaca-se ainda o facto de o uso de medicamentos opiáceos em analgesia de parto poder causar alterações no RCF. Este processo dificulta a avaliação dos verdadeiros efeitos das epidurais no RCF, porque, em quase todas as amostragens aleatórias, as epidurais são comparadas com a meperidina ou outros medicamentos opiáceos. Um investigador destaca o facto de a posição supina (deitada de costas) poder contribuir de forma significativa para a hipotensão e alterações no RCF, quando uma epidural está em acção. Outro descobriu que a posição supina (mais a epidural) estava associada a um decréscimo no fornecimento de oxigénio ao cérebro do bebé (oxigenação cerebral do feto).

O bebé pode ainda ser afectado pela subida da temperatura da mãe, provocada por uma epidural. Num estudo alargado em mães de primeira vez, os bebés nascidos de mães febris, 97 por cento das quais tinham recebido epidurais, comparados com bebés nascidos de mães não febris, tinham maiores probabilidades de se apresentar em condição de debilidade (com baixo índice de Apgar); de ter fraca vocalização; de necessitar de reanimação (11.5 por cento contra 3 por cento); ou de necessitar de internamento enquanto recém-nascido. Um investigador registou um aumento dez vezes superior de ocorrência de encefalopatia do recém-nascido (sinais de dano cerebral) em bebés nascidos de mães febris.

A febre materna em trabalhos de parto pode ainda ser causa directa de problemas no recém-nascido. Uma vez que a febre pode ser sinal de infecção envolvendo o útero, os bebés nascidos de mães febris são quase sempre sujeitos a exames para detecção de infecção (sepsis). Estes exames implicam a separação prolongada da mãe, a prestação de cuidados especiais, testes invasivos, e, muito provavelmente, a administração de antibióticos enquanto os resultados dos testes não estão disponíveis. Num estudo com mães de primeira vez, 34 por cento dos bebés de epidural foram sujeitos a exames para detecção de sepsis, comparados com 9.8 por cento de bebés sem epidural.

Medicamentos e toxicidade

Qualquer medicamento que a mãe receba durante o trabalho de parto vai passar, através da placenta, para o seu bebé, que está muito mais vulnerável a efeitos tóxicos. Os efeitos máximos ocorrerão provavelmente no nascimento e nas horas imediatamente a seguir, altura em que os níveis de medicação são mais elevados.

Há alguns estudos sobre a condição dos bebés de epidural por ocasião do nascimento, e quase todos eles comparam bebés nascidos depois de epidurais, com bebés nascidos depois de expostos aos efeitos de medicamentos opiáceos, conhecidos por causarem sonolência e dificuldades respiratórias. Estes estudos revelam pouca diferença entre bebés de epidural e bebés de analgesia não epidural (normalmente expostos a opiáceos), em termos de índice de Apgar e pH do cordão umbilical, reflectindo estes factores a condição de saúde do bebé ao nascer. No entanto, um estudo com uma larga amostra de população na Suécia revelou que o uso de uma epidural estava associado, de forma significativa, com um baixo índice de Apgar ao nascer.

Há ainda conhecimento de intoxicação medicamentosa de recém-nascidos devido a medicamentos epidurais, em especial opiáceos administrados por via epidural. A toxicidade por opiáceos no recém-nascido parece mais provável em regimes de elevadas dosagens, incluindo aqueles em que a mãe pode receber doses extra a pedido, contudo, há diferenças notáveis de sensibilidade de recém-nascido para recém-nascido.

É importante salientar que a capacidade de um recém-nascido para processar e excretar medicamentos é muito inferior à de um adulto. Por exemplo, a semi-vida (tempo necessário para reduzir a metade os níveis de um medicamento no sangue) para o anestésico local bupivacaína (Marcaína) é de 8.1 horas, no recém-nascido, comparadas com as 2.7 horas na mãe. Para além disto, os níveis de um medicamento no sangue podem não reflectir de forma muito precisa os níveis tóxicos absorvidos, uma vez que os medicamentos podem passar da corrente sanguínea e armazenar-se nos tecidos do recém-nascido, como o cérebro e fígado, pontos a partir dos quais aqueles são libertados muito mais lentamente.

Um estudo recente também revelou uma maior incidência de icterícia em bebés expostos a epidural. Este resultado pode estar relacionado com o aumento de partos instrumentalizados ou com o aumento do uso de pitocina.

Efeitos neurocomportamentais

São controversos os efeitos dos medicamentos epidurais no comportamento neurológico do recém-nascido (comportamento que reflecte o estado do cérebro). Estudos mais antigos, comparando bebés expostos a epidurais com bebés cujas mães não receberam qualquer medicamento, revelaram efeitos significativos a nível neurocomportamental, enquanto descobertas mais recentes com base em amostragens aleatórias controladas (que, como é referido, comparam recém-nascidos expostos a epidurais e opiáceos) não revelaram diferenças. Contudo, estes estudos mais antigos também usaram o Índice de Avaliação de Comportamento Neonatal de Brazelton (IACN, criado por pediatras), mais polivalente e difícil de  aplicar, enquanto testes mais recentes usaram procedimentos menos complexos, em particular o Índice de Capacidade Neurológica e Adaptativa (ICNA, criado por anestesistas), que resume todos os dados a um único número e que foi criticado como insensível e falível.

Por exemplo, todos os três estudos comparando bebés expostos a epidural com bebés não medicados, e usando o IACN, encontraram diferenças significativas entre os grupos: Ann Murray et al. compararam 15 bebés não medicados com 40 bebés de epidural e descobriram que os bebés expostos a epidural continuavam com um baixo índice IACN aos cinco dias, com especial dificuldade em controlar o seu estado. Vinte bebés cujas mães  tinham recebido tanto oxitocina como epidural apresentavam índices IACN ainda mais baixos, o que pode ser explicado pela maior incidência de icterícia. Num mês, as mães de epidural consideraram  que os seus bebés “manifestavam um comportamento menos adaptável, mais intenso e mais entediado. Estas diferenças não encontraram explicação em partos mais difíceis e nas subsequentes separações entre mães e bebés associadas às epidurais.

Carol Sepkoski et al. compararam 20 bebés de epidural com 20 bebés não medicados, e descobriram um estado de alerta mais limitado e uma menor capacidade de orientação ao longo do primeiro mês de vida. As mães de epidural passaram menos tempo com os seus bebés no hospital, de forma directamente proporcional à dose total de bupivacaína administrada. Deborah Rosenblatt et al. submeteram bebés a testes ao longo de seis semanas, usando o IACN, e constataram uma depressão máxima no primeiro dia. Apesar de se ter verificado alguma recuperação, aos três dias os bebés de epidural continuavam a chorar mais facilmente e com mais frequência. Alguns aspectos deste problema (“controlo de estado”) mantiveram-se ao longo das seis semanas.
Apesar destes estudos mais antigos terem por base o uso de epidurais convencionais, a dose total de bupivacaína administrada às mães (neste estudo, doses médias de 61.6mg, 112.7 mg, e 119.8 mg, respectivamente) era perfeitamente comparável aos estudos mais recentes compreendendo baixas dosagens (por exemplo, 67.5 mg, 91.1 mg, e 101.1 mg).

Estes estudos neurocompotamentais chamam a atenção para o possível impacto das epidurais nos recém-nascidos e na relação mãe/criança. Nas suas conclusões, os investigadores manifestam preocupação com “a importância dos primeiros confrontos com um bebé desorganizado, no modelar das expectativas maternas e de estilos interactivos."

Estudos em Animais

Estudos em animais sugerem que o desequilíbrio hormonal materno causado pelas epidurais, conforme atrás descrito, pode contribuir também para algumas dificuldades materno-infantis. Investigadores que administraram epidurais a ovelhas em trabalho de parto descobriram que as ovelhas submetidas a esta forma de analgesia tinham dificuldade em estabelecer ligação com as suas crias, sobretudo no caso das que pariam pela primeira vez, com uma epidural administrada logo no início do trabalho de parto.

Não há estudos de longo prazo sobre os efeitos da analgesia epidural na descendência humana que a ela se sujeitou. No entanto, estudos em alguns animais nossos parentes próximos são motivo para preocupação. M. S. Golub et al. administraram bupavacaína por via epidural a macacas-rhesus, grávidas de termo, e acompanharam o desenvolvimento das suas crias até aos 12 meses de idade (o equivalente aos quatro anos em humanos). Os investigadores descobriram que os marcos de desenvolvimento nestes macacos se apresentavam alterados: entre as seis e as oito semanas mostravam-se atrasados no início da manipulação, e aos dez meses o aumento de “comportamentos de perturbação motora”, que são normais, apresentava-se prolongado no tempo. O autor conclui: “Estes efeitos podem ter ficado a dever-se a incidências sobre processos num cérebro ainda vulnerável, durante um período mais sensível; a interferência com a programação do desenvolvimento do cérebro por agentes exógenos [externos]; ou a perturbações em experiências precoces."

Amamentação

Como acontece na esfera neurocomportamental, os efeitos na amamentação carecem de estudos, e recentes amostragens aleatórias controladas, comparando a exposição à epidural e a medicamentos opiáceos, revelam-se muito falíveis, uma vez que os opiáceos têm um efeito negativo sobejamente reconhecido nas primeiras reacções à amamentação e no êxito da mesma.

As epidurais podem afectar a experiência e o êxito da amamentação por meio de diversos mecanismos. Primeiro, o bebé exposto à epidural pode apresentar anomalias neurocomportamentais causadas pela exposição ao medicamento, que provavelmente atingirá o seu ponto máximo nas horas que se seguem ao nascimento, um momento fundamental para o início da amamentação. Uma pesquisa recente descobriu (de forma muito óbvia) que quanto melhor é o desempenho neurocomportamental do recém-nascido, melhor é também o seu desempenho na amamentação.

Num outro estudo, a aptidão do bebé para mamar, medida de acordo com o Instrumento de Avaliação da Amamentação na Criança (IAAC), era mais alta entre bebés não medicados e mais baixa em bebés expostos à epidural ou a opiáceos IV[1], e ainda mais baixa em bebés expostos às duas formas de analgesia. Crianças com os mais baixos desempenhos eram desmamadas mais cedo, embora, em todo o caso, um número semelhante em todos os grupos fosse amamentado às seis semanas.Num outro trabalho de investigação, bebés expostos a analgesias epidurais e raquidianas apresentavam maiores probabilidades de perder peso no hospital, o que pode ser revelador de uma baixa eficiência a mamar. Outro trabalho de investigação sugeriu que o comportamento do recém-nascido face à amamentação e os níveis alcançados com o IAAC podem revelar-se normais quando é usada uma epidural de dose ultra baixa, embora, também neste estudo, os bebés com mais elevados níveis de medicação apresentassem níveis de desempenho neurocomportamental (IAAC) mais baixos, às duas horas de vida.

Em segundo lugar, as epidurais podem afectar a mãe recente, tornando a amamentação mais difícil. Isto é mais provável se ela passou por um trabalho de parto prolongado, por um parto instrumentalizado, ou pela separação do seu bebé - situações mais prováveis na sequência de uma epidural. O desequilíbrio hormonal pode também ter a sua relevância, sendo a oxitocina a hormona mais importante da amamentação.

Um estudo descobriu que os bebés nascidos depois de epidurais têm menos probabilidades de serem amamentados em exclusivo aquando da alta hospitalar; este era um risco de maior relevância para as mãe com epidural cujos bebés não foram postos a mamar durante a primeira hora após o nascimento. Um estudo finlandês indica que 67 por cento das mulheres que tiveram o seu trabalho de parto sob o efeito de uma epidural referiram o aleitamento artificial exclusivo ou como suplemento nas primeiras 12 semanas, comparadas com 29 por cento das mães sem epidural; as mães com epidural também referem com maior probabilidade “não terem leite suficiente”

Dois grupos de investigadores suecos debruçaram-se sobre o subtil mas complexo comportamento de recém-nascidos não medicados, face à amamentação e pré-amamentação. Um grupo registou que, quando colocado pele-com-pele no peito da mãe, um recém-nascido é capaz de rastejar, encontrar o mamilo e fazer a pega. Recém-nascidos afectados por medicamentos opiáceos durante o parto, ou separados das mães por um momento, depois do nascimento, perdem grande parte desta aptidão. O outro grupo sueco descobriu que os recém-nascidos expostos a analgesia de parto (sobretudo opiáceos, mas também algumas epidurais) se apresentavam também desorganizados no seu comportamento pré-amamentação: “esfregavam e lambiam o mamilo e chuchavam na mão”, comparados com recém-nascidos não medicados.

Satisfação com o parto

Os prestadores de cuidados obstétricos assumiram que o controlo da dor é a primeira preocupação da mulher em trabalho de parto e que o efectivo alívio da dor assegurará uma experiência de parto positiva. Na verdade, há evidências do contrário. Diversos estudos demonstraram que as mulheres com trabalhos de parto não medicalizados  são as que manifestam maior satisfação face à sua experiência de parto no momento do nascimento, às seis semanas, e um ano depois. No Reino Unido, em resultado de um levantamento feito entre 1,000 mulheres, aquelas que usaram epidurais referiram os níveis mais elevados de alívio da dor, mas os mais baixos níveis de satisfação com o parto, provavelmente devido aos elevados índices de intervenção.

Por fim, é de destacar o facto de as preferências dos prestadores de cuidados de saúde poderem ditar em larga medida o uso de epidurais e de outros procedimentos médicos nas parturientes. Um estudo revelou que as mulheres seguidas por médicos de família, com baixas médias de uso de epidurais, tinham menores probabilidades de vir a ser monitorizadas, de vir a receber pitocina, de sofrerem cesariana e de terem os seus bebés internados numa unidade de cuidados especiais.

fonte: bionascimento

O parto natural/humanizado na visão de Michel Odent

 “Se no século 20 redescobrimos as necessidades básicas dos bebés, porque não podemos redescobrir as necessidades básicas da mulher em trabalho de parto no século 21?”


Como já disse várias vezes em vários assuntos, não só aqui mas em toda a minha vida, qualquer escolha tem que ser baseada em informação. Informação clara e abundante, que até pode ser díspar e confundir-nos. 
Gostava de ter um parto o mais natural possível, gostava de poder prescindir de analgesias e fármacos, mas não pus de lado qualquer hipótese. Aliás, nas primeiras conversas sobre o assunto com outras grávidas eu era defensora acérrima da epidural! Drogas, dêem-me!! Não vou sofrer quando posso evita-lo, claramente!!! Mas não, entretanto, uma Mãe de um grupinho de grávidas de que faço parte alertou-me e aguçou-me a curiosidade e fui ler sobre o assunto. Entretanto, nas aulas de pré-parto falou-se também nas diferenças de partos com cesariana, com e sem epidural e quais as consequências de cada um desses processos.
Eu não conhecia nada sobre o corpo humano e o que ele faz durante um parto. É fascinante, o seu trabalho. Nada é descurado e tudo é interligado. E ao perceber isso senti uma confiança extrema no meu corpo e na minha habilidade de ser Mãe e parir uma criança e então percebi que, se tudo correr normalmente e não houver surpresas no quadro clínico, poderei dar-me ao luxo de ter um parto natural em que eu e a minha filha seremos as principais líderes dos trabalhos.
Pessoalmente, não sou a favor de um parto em casa, acho muito arriscado, porque, mesmo quando tudo corre bem, as coisas podem mudar a qualquer momento, mas os hospitais também podem e devem tornar o acto de parir uma coisa aconchegante, domiciliária e com o mínimo de intervenção médica possível. A Mãe é capaz, mas eu por exemplo, sentirme-ei muito mais segura sabendo que estou no sítio indicado para me ajudarem caso seja necessário.
Essa não-intervenção demanda uma postura de humildade dos profissionais que assistem ao parto (e também da Mãe, porque é importantesabermos por-nos nas mãos dos profissionais assim que seja necessário), cientes que são de que ali existe uma ordem natural em expressão. Por outro lado, requer desses mesmos profissionais a necessária preparação e qualificação técnicas, para avaliar com precisão o momento em que se deve intervir, na medida necessária e suficiente, e com os meios adequados.

Um dos nomes de me falaram foi o deste médico, Michel Odent, um obstetra e autor francês.
Deixo-vos alguns links sobre este assunto que me pareceram úteis.





quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

DIY - Reciclar um abat-jour

Cá em casa as coisas passama  vida a mudar de sítio.
Estivemos meses para comprar uns candeeiros para as mesinhas de cabeceira e finalmente encontrámos uns de que gostámos. Entretanto, comprei um abat-jour lindo para o hall de entrada e não tinha candeeiro. Lá ficou o Hugo sem candeeiro no quarto, hihihihi.
Agora quem ficou, fui eu! É que este candeeiro fica perfeito no quarto da Catarina! Logo havemos de comprar outros para o nosso quarto.

Resolvi dar-lhe um toque especial, para condizer com a decoração.
Foi tão fácil... comprei estas duas fitas numa retrosaria e colei ao abat-jour!
Fica aqui o antes e depois:






Ideias diferentes e originais para o dia dos namorados

A discussão impõe-se.
Fartas das lamechices do costume, muitas de nós perguntam-se como surpeender a cara metade sem cair em clichés.
Peluches, concertos, jantares... já eram! Sejam criativos!! O google é nosso amigo! ;)
Ficam aqui algumas sugestões com alguns contactos aprovados e comprovados pela ervilha:

- O pequeno almoço na cama
Há empresas que preparam pequenos almoços e entregam em casa. Não há que acordar mais cedo e ir fazer barulho para a cozinha, desvendando logo a surpresa. Um pequeno almoço na cama com panquecas e bolachinhas em forma decoração, scones, pãozinho, até flores, se o desejarem! É só esperar que batam à porta!
Cookie Bite (Linha de Cascais) 
Marta La Chef (Zona de Lisboa)



- Sessão fotográfica sexy (ou não)
Há sessões de todas as maneiras e feitios, para todos os gostos. Na rua, em casa, românticas, originais, divertidas, sexy, em família, a dois.
Porque não recriar o ambiente de um primeiro encontro?
Uma vez vi uma rapariga que decidiu fazer uma sessão fotográfica, com produção e tudo! Maquilhagem, cabelos, o circo todo, mesmo como se fosse para uma revista, quem sabe, com photoshop, LOL, daquelas bem sexy, para oferecer ao namorado.

- Caça ao Tesouro
Um dia que começa com um pista na mesinha de cabeçeira, ou na secretária do escritório e acaba num jantar, ou num sitio especial. Imaginem, várias pistas em vários locais ao longo do dia. Podem organizar vocês, pedindo ajuda a amigos e colegas da cara metade ou contratar alguém.



- Piquenique
Para este é preciso ter sorte, se estiver o frio que está agora, esqueçam. Mas é sempre giro, nem que seja um chouriço assado e um bom vinho tinho à beira da praia ou num miradouro.




- Passeio de veleiro/helicóptero
Para os mais românticos ou para os mais radicais.

- Torneio de paintball ou corrida de karts rapazes vs raparigas
Juntem umas amigas, combinem, e acabem com eles!!!! 

- Colagem familiar 3D
Peguem numa moldura grande ou num pedaço de madeira, K-Line, cartão, uma caixa (no que quiserem) e sejam criativos. Colem fotos, cartas, roupa, bilhetes, rolhas, pedidos, convites, promessas, tudo aquilo que possa trazer memórias. Aqui ficam algumas ideias.






quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

O que é isso da humanização do parto?

Boa pergunta não é?
Já comçamos a ouvir falar mais sobre o assunto, por isso, partilho convosco um texto  do site Amigas do Parto que explica bem as bases deste movimento.
Antes de escolherem onde vão ter o vosso bebé, sugiro que pensem como. É que nem todas as maternidades operam da mesma forma e assim podem escolher uma que se identifique mais com o vosso ponto de vista.

"Carta a uma grávida
Priscyla Alves Makiolke


Querida amiga:

Já imagino você sendo uma mãe maravilhosa, pois antes mesmo de engravidar já se mostra atenta ao assunto gestação e maternidade. Gostaria imensamente de poder estar com você principalmente nesse momento, mas como não será possível, te deixo informações que eu considero preciosas relacionadas ao tema gestação, parto e pós-parto sob a ótica da humanização. 
Não sei se você sabe sobre o que se trata humanização do parto, mas resumindo, se trata de dar a voz às mulheres, incentivá-las a serem tratadas com respeito e dignidade, e não permitir que elas permaneçam na posição passiva de corpo-objeto. O parto humanizado significa que a mulher é o sujeito da sua gestação, parto e puerpéreo. Significa que a mulher é responsável pelas suas escolhas e decisões concernentes ao seu corpo e ao corpo do seu bebê, para isso a mulher deve estar munida de informações e também prestar muito atenção aos seus limites.  Humanização do parto é também uma convocação ao respeito às nossas sabedorias instintivas.  É perceber que o corpo é sagrado, logo muito respeitável, portanto não deve ser manipulado com desdém e frieza. Humanizar a gestação, parto e puerpéreo é também reconhecer a força feminina.
Gostaria de te passar algumas indicações pertinentes a parte fisiológica que podem ser proveitosas para seu bem-estar. Os sintomas de desconfortos físicos mais comuns relativos ao primeiro trimestre da gestação são enjôo, sonolência acentuada e aumento da vontade de urinar. Para amenizar a sensação de enjôo você pode comer bolacha água e sal e tomar chás com gengibre. Quanto à sonolência acentuada é importante respeitar o pedido do corpo de repousar mais nessa fase. Evite conter a micção, pois pode provocar infecções urinárias. A partir do segundo trimestre gestacional os sintomas de desconfortos físicos maternos tendem a desaparecerem, e é comum sentir a retomada da disposição, ânimo e aumento do apetite sexual. A relação sexual que envolve carinhos, afeto e orgasmos são sentidos de maneira positiva pelo bebê devido aos hormônios que são produzidos nesses momentos. Muitas gestantes atingem um aumento de peso ainda maior a partir do ultimo trimestre, especialmente quando se aproxima o final da gestação. Para evitar isso tente substituir a ansiedade de comer doces por frutas, nem que sejam frutas secas. É importante fazer de 6 a 8 refeições por dia, com no máximo 3 horas entre elas. Beba muito líquido, dando sempre preferência a água, e evitar líquidos que possuam cafeína. É valido aumentar o consumo de frutas e verduras, aumentar o consumo de sementes e cereais, preferir carnes magras como peixe, e diminuir o consumo de frituras. Ademais, sobre a alimentação, é importante comer carnes bem cozidas, lavar frutas, verduras e legumes com água e detergente, e também utilizar solução de água e bicarbonato de sódio ou vinagre. Se caso for detectado que você esta com taxa baixa de ferro no seu organismo é melhor comer alimentos ricos em ferro junto com alimentos ricos em vitamina C (como feijão com couve e laranja), para melhorar a absorção do ferro. Se possível, evite o uso de ferro sintético, pois pode inibir a absorção de zinco.
 A elaboração de um plano de parto é muito importante, pois possibilita a gestante a reconhecer quais são os seus desejos e limites, bem como perceber a necessidade de esclarecer dúvidas ainda a tempo de saná-las. O plano de parto é uma manifestação escrita da mulher gestante indicando quais procedimentos e intervenções ela consente ou não sobre seu parto, pós-parto e relacionados ao seu bebê, bem como seus desejos quanto à ambientação. Você deve apresentar o seu plano de parto para seu médico e para a maternidade ou casa de parto. Vale ressaltar que o plano de parto é uma manifestação juridicamente válida. Você pode começar a fazer um plano de parto desde o inicio da sua gestação. Você pode indicar, por exemplo, que gostaria de ser acompanhado todo o tempo pelo meu companheiro e doula; que não deseja lavagem intestinal, raspagem dos pêlos, soro com hormônio para acelerar as contrações, anestesia, ficar sem beber líquido; que deseja que o ambiente permaneça o mais calmo possível e com o mínimo de luz; que gostaria de amamentar o bebê logo após o parto e garantir alojamento conjunto; que quer que seu companheiro corte o cordão umbilical e acompanhe todos os procedimentos direcionados ao bebê; que caso o parto por algum motivo não possa ser vaginal e tenha que ser parto cesárea, que você gostaria de segurar o bebê com a ajuda do seu acompanhante após o parto. Falando em tipos de parto, é importante que você saiba que o parto vaginal pode ser normal ou cirúrgico (onde a mulher fica somente na horizontal, e sofre várias intervenções médicas) e parto natural (onde a gestante pode ficar na posição que desejar, até mesmo na água). Quanto ao parto cesárea ou cesariana é uma cirurgia de grande porte. Se por algum acaso o seu médico indicar uma cesariana, não deixe de investigar o motivo, pois infelizmente ainda é comum que o obstetra opte por uma cesariana por conveniências alheias à gestante e seu bebê. De qualquer forma na maioria dos casos de indicação para cesariana é possível optar por esperar o dia em que o bebê está pronto para nascer e o corpo da gestante entre em trabalho de parto. Ademais, recomendo que você leia as recomendações da OMS (Organização Mundial de Saúde) para o parto onde é possivel encontrar indicações saudáveis concernentes ao parto.
Para que o momento do seu parto seja prazeroso e natural você não deve se preocupar com nada, que quer dizer não ativar sua parte racional, pois é sua parte instintiva que deve comandar o andamento do parto. O seu corpo naturalmente vai experimentando o que é melhor, por isso ele deve estar livre. Porém, um preparo anterior pode ter obviamente conseqüências muito produtivas. Você pode fazer exercícios durante a gestação, mas sempre avisar o instrutor sobre a sua situação, e se sentir qualquer tipo de dor, deve parar ou diminuir o ritmo. Exercícios como yoga, pilates, hidroginástica são os mais recomendáveis. Você deve fazer exercícios perineais, pois são muito úteis para o momento final do parto. Um exercício é apertar e relaxar o períneo durante 2 ou 3 minutos, começando com 10 repetições ate conseguir chegar a 50 repetições diárias. Outro exercício é ficar de cócoras com a planta dos pés totalmente apoiada no piso. No começo é difícil, por isso siga seu limite, mas é um exercício poderoso. Fazer exercícios ou dançar utilizando a bola de parto (bola suíça) também é muito positivo para exercitar essa região e para relaxamento, tanto durante a gestação quanto para o momento do parto.
Se você já escutou sobre dor no parto e isso te angustia, você precisa saber algumas informações básicas. Primeiro lugar, o relato de dor muito intensa por muitas mulheres que tiverem o parto chamado normal se deve à posição horizontal em que a mulher é obrigada a permanecer, e assim, a área que sofre a pressão das contrações é também pressionada pelo peso do bebê, além de não facilitar sua saída, pois o canal vaginal também é pressionado. Portanto, esta posição só é conveniente para os médicos poderem praticar suas intervenções, as quais, na maior parte dos casos, são desnecessárias. Outra grande causa da dor intensa é a ação hormonal, mas que pode ser controlada. O hormônio occitocina, também conhecido como hormônio do amor, é o hormônio liberado quando temos um orgasmo, na amamentação e em outros momentos de prazer.  Porém a produção desse hormônio é totalmente inibido quando a pessoa se sente acuada, vigiada ou amedrontada, pois nesses casos é a produção do hormônio adrenalina que é ativado, incitado pelos mecanismos de sobrevivência como atenção, tensão e fuga para a proteção do organismo. Ou seja, quando relaxadas e desfrutando temos a prevalência do hormônio occitocina, mas se qualquer coisa interferir negativamente nesse momento, o organismo recorre ao hormônio adrenalina para se defender, e corta a produção da occitocina. Portanto se for possível que a mulher esteja em um ambiente propenso para seu relaxamento, que lhe transmita segurança e privacidade, ela poderá sentir os benefícios do hormônio ocitocina e sua relação com a dor será muito mais tranquila. Existem vários outros recursos que também auxiliam a diminuir a dor como: ouvir musica, dançar ou fazer movimentos rítmicos; cantar, pois a vibração emitida no canto relaxa o corpo; prestar atenção a própria respiração; usar a banheira; reflexologia; acupuntura; e a presença do companheiro, ajudando a encontrar a posição mais cômoda, fazendo massagens, mudando a musica, trazendo água, toalha ou gelo, e ainda atuar como seu defensor.
A presença ativa do seu companheiro é de grande valor desde o inicio da gestação. Convide, seduza, permita a participação dele. Às vezes os homens sentem curiosidade, mas não encontram abertura e não se sentem aptos a participar do processo gestacional, parto e após. A participação dele será muito proveitosa para você, para ele mesmo e para o bebê. Quanto mais cedo ele participar, mais natural e eficaz será a participação dele no momento do parto e nos cuidados com o bebê, estreitando ainda mais o vínculo entre eles. A atenção dedicada à mulher pelo seu companheiro no momento do parto auxilia também a liberação do hormônio occitocina O relato de homens que participam desses momentos é sempre muito positivo. Caso seu companheiro não possa te acompanhar, permita o envolvimento de alguém que você confie como sua mãe ou uma grande amiga, pois ter alguém do lado da mulher nesses momentos passa confiança e permite o relaxamento.
Cada mãe deve desenvolver suas habilidades e maneiras particulares de lidar com seu pequeno bebê, mas acho importante te apontar algumas informações que podem ser muito úteis. Para começar, sobre a amamentação, é importante você amamentar o bebê o quanto antes (melhor que seja logo que ele nasça assim já é estimulado o instinto de sucção) e em livre demanda. O bebê deve colocar toda aréola na boca, fazer a boca de peixinho (lábios voltados para fora) e encostar o queixo na mama. A amamentação deve ser exclusiva ate o sexto mês de idade (sem necessidade de complemento, chás ou água).  Caso o bebê não consiga esvaziar a mama, você deve ordenhá-la para retirar o excesso de leite. Tente repousar o máximo possível, para isso é importante aceitar e convocar ajuda alheia para tarefas domésticas. Para evitar cólicas no bebê sempre faça-o arrotar, exercícios de bicicleta com as perninhas dele várias vezes ao dia e faça massagens regulares antes da mamada. Você pode inventar a sua massagem ou fazer a Shantala, toque de borboleta ou toque sutil. A massagem pode fazer parte do ritual de banho e dormir. O banho pode ser na banheira, no balde (que é bem relaxante) e também no chuveiro, sempre com sabonete neutro e em bem pequenas quantidades. É importante proporcionar um banho de sol (antes das 9hs e após as 16hs) ao bebê diariamente por até 5 minutos, de preferência sem roupas. O choro do bebê pode ter uma razão física (fome, cólica, frio, calor, sono, dor, ou fralda suja), mas pode ser também somente pedindo um aconchego no colo ou incomodado por excesso de estimulo. Com o tempo e dedicação você aprenderá a distinguir. Para dormir a melhor posição é a de lado com os braços para fora da coberta, e com o apoio de um rolinho nas costas. Por fim, é muito bom evitar chupetas (principalmente nos primeiros meses), mamadeiras, andadores e cercados, e é muito bom usar o sling como suporte para o bebê, pois possui também funções terapêuticas.
Quando nasce um bebê, nasce uma mãe.  Se você permitir, a maternidade traz uma nova mulher, ou a mulher que ainda não tinha surgido em você.  Durante a gestação ficamos muito sensíveis, e muitas questões internas emergem com toda força, exigindo atenção.  É um momento muito oportuno para lidar com essas questões internas, para que então você possa vivenciar mais plenamente sua maternidade.  Lidar melhor com suas questões internas beneficiará também seu filho. Abandonar a posição de cuidada, filha, menina para surgir essa nova mulher nem sempre é fácil.  É preciso desmistificar os próprios medos e, sobretudo aceitar as responsabilidades. Se você sentir qualquer tipo de dificuldade durante a gestação ou no pós-parto, não deixe de procurar uma ajuda profissional especializado como um(a) psicólogo(a), uma educadora perinatal  ou uma doula,  de acordo com a sua necessidade. Você pode também recorrer aos serviços de uma educadora perinatal ou de uma doula para o momento do parto, que costuma ser muito positiva e de grande valia.
Desejo-lhe muito sucesso, saúde e felicidade nessa nova etapa da sua vida!
           


BIBLIOGRAFIA

Material do curso Educadora Perinatal da ONG Amigas do Parto:
Como ensinar a técnica da respiração para o parto?  Adriana Tanese Nogueira
Con la fecundación del óvulo comienza el desarrollo.  Jesica Sanchez.
Demeter. Adriana Tanese Nogueira
Ejercicio perine. Jesica Sanchez
Ejercicios pélvico-perineales. Jesica Sanchez
Plano de parto.  Mara Freire
Pr que a forma de nascer é importante  . Adriana Tanese Nogueira
Como funciona a amamentação. Diana Infanti
Orientações para Mães de Primeira Viagem. Trabalho de finalização do Módulo Recém-Nascido do Curso de Humanização 2007.Autoras: Angela Mattos, Tanila Glaeser, Adriana Tanese Nogueira, Cristina Toledano, María Vergara, Maru Drexler, Lina Ferraz, Lisandra Pinheiro e Fabiana Muller. Coordenação: Adriana Tanese Nogueira
Material de discussão do curso Anatomia e Fisiologia do parto. (Jesica Sanchez e Marcel Robledo Queiroz.)
Material de discussão do curso A dor no parto (Jesica Sanchez e Mara Freire)
Material de discussão do curso Aleitamento Materno. (Diana Infanti)
Material de discussão do curso Acompanhante e equipe. (Mara Freire)
Material de discussão do curso de Nutrição. (Ana Luisa Ochs de Muñoz Rosa)
Material de discussão do curso Plano de parto (Lilian Silveira e Mara Freire)"